Coleção Arbatel de Magia Veterum - 7 Livros

O Arbatel De magia veterum é um grimório de magia cerimonial renascentista publicado em 1575 na Suíça. Waite escreveu que o título é do hebraico: ארבעתאל‎ (ou Arbotal) como o nome de um anjo com quem o autor teria alegado ter aprendido magia. Adolf Jacoby acreditava que o nome era uma referência ao Tetragrammaton, via o hebraico ARBOTHIM (quádruplo) e AL (ou Deus). Peterson, mencionando as possibilidades acima, também sugere que o título pode ser o pseudônimo do autor.

O Arbatel é conhecido por ser um livro direto, positivo e excepcionalmente honesto em relação às suas origens. Embora várias obras ocultas afirmem ser de períodos anteriores e de outras regiões diferentes de onde foram realmente publicadas, evidências textuais demonstram que o livro deve ter sido escrito entre 1536 e 1583, o que abrange a data reivindicada de 1575. A edição final do livro foi provavelmente feita por Theodor Zwinger, e foi quase definitivamente publicada por Pietro Perna, deixando poucas dúvidas sobre a suposta origem suíça do livro. O autor permanece desconhecido, mas Peterson acredita que um certo Jacques Gohory (1520–1576) seja a possibilidade mais provável. 

Alguns manuscritos alemães produzidos logo após sua publicação atribuem a obra a Paracelso, embora sem evidências.

O Arbatel foca principalmente na relação entre a humanidade, hierarquias celestiais e a relação positiva entre os dois. Os espíritos olímpicos apresentados nele são inteiramente originais, nunca citados.

Ao contrário de outros grimórios, o Arbatel exorta o mago a permanecer ativo em sua comunidade (em vez de se isolar), favorecendo a gentileza, a caridade e a honestidade em vez de rituais remotos e obscuros.

A Bíblia é a fonte mais citada e mencionada ao longo dos Grimórios e eles não podem ser compreendidos se separados da filosofia de Paracelso, que parece ter cunhado o termo “espíritos olímpicos”.

O Grimório Arbatel está enraizado na cultura clássica, incluindo a filosofia grega antiga, os oráculos sibilinos e Plotino, além da teologia contemporânea e da filosofia oculta de figuras como Iovianus Pontanus e Johannes Trithemius. 

É sem dúvida uma das obras mais influentes para o ocultismo em seu período, inspirando figuras como Johann Arndt, Gerhard Dorn, Adam Haslmayr, Robert Fludd, Heinrich Khunrath e Valentin Weigel, além de seu editor e publicador, Zwinger e Perna.

Foi possivelmente a primeira obra a usar "Teosofia" em um sentido oculto (em oposição a um sinônimo para teologia) e para distinguir entre conhecimento humano ("anthroposophia") e divino ("theosophia"). 

Elementos do Arbatel aparecem em várias versões do Sexto e Sétimo Livros de Moisés. 

Esta coleção possui 7 livros, manuscritos e microfilmagem com um total de 518 páginas:

• Arbatel De Magia Veterum Peter Perna, 1575
• Arbatel De Magia Veterum, Andreas Luppius, 1686
• Arbatel De Magia seu Pneumatica Veterum, 1750
  
• De Magia Veterum Summum Sapientiae Studium Arbatel
• Tracts on Magic including Ptolemy, Cyprian, & Solomon  (século 17)
• Salomonis filii David Beschwerungen der Olympischen Geister (século 18)
• Arbatel de magia veterum: Hs. Bernus (século 17)

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